RIGOLETTO PROBE – ABEND
Wo? Wenn? Wie?
O regente da orquestra
disse que Verdi trabalha com diálogos assim:
Pam...........Pam..........Pam......Pam
Pam........
Pergunta e resposta num
andamento não muito acelerado.
A cena trabalhada era a
do encontro entre Rigoletto e Sparafuccile. Esta cena deu certo trabalho. Foi
difícil encontrar a solução dela. A situação sugere ação e aceleração. Contudo,
a música sugere pergunta e resposta num andamento não muito acelerado. Thomas queria
acelerar isto.
Me pareceu que o Sistema de Ações físicas seria muito
funcional para trabalhar com os cantores de ópera. O problema, muitas vezes, me
parece estar nas intenções e na ação em função dos estímulos corretos. O
“Start”.
O impulso definitivamente
não é inteligente quando entendido como uma manifestação espontânea primeira e
inconsequente. O sentido de impulso em Grotowski precisa ser melhor refletido.
Mesmo na vida, um impulso irrefletido não é orgânico, nem saudável. Na cena, as
vezes o impulso primeiro é justamente o clichê. Faz-se necessário dialetizar a
ação e assim, encontrar uma ação mais orgânica em função da cena.
Como trabalhar com um cantor/ator no qual nada atravessa?
Não há reação, nada. Parece um robô, morto. (refleti isto acerca
de Jim Son)
Hoje passamos todas as
cenas já marcadas, foi legal.
No intervalo
conversando com Juan, perguntei se ele preferia uma Ópera tradicionalmente
montada ou uma encenação contemporânea? Ele disse: “Não me pergunte isto.”
Depois respondeu: “Para mim, não há diferença na atuação. É um erro pensar que
a concepção contemporânea precisa suprimir o tradicional ou dizer que se faz
assim porque lá não há determinados elementos ou características que há aqui.”
A conversa com Juan
começou de uma conversa sobre Lohengrin. O modo como ela foi atualizada.
Lendo o libreto agora,
percebo que há dois personagens e dois fatores importantes para compreender a
situação em Rigoletto. É o ponto para que a ação se efetive.
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