Conversando com Simeon aprendi algumas coisas legais sobre cenografia. Ele contou que Rigoletto era
seu primeiro trabalho como cenógrafo de óperas e a partir deste ponto
mostrou-me algumas diferenças entre se trabalhar com uma arte ou outra.
Em primeiro lugar algo
que Fausto já havia me contado sobre a estrutura fechada na qual se monta uma
ópera. A elaboração antecipada da concepção e o fechamento antecipado da
cenografia, do figurino é uma especificidade das óperas. No trabalho com atores
o caminho é um pouco diferente. Segundo Simeon, a ópera exige menos, pois, você
elabora o projeto e faz uma maquete e está pronto. Tudo será apenas executado,
não será necessário transformar muito aquilo. No teatro o cenário está
constantemente em processo. Os atores e o diretor no decorrer dos ensaios vão
tendo novas idéias e reelaborando a proposta cenográfica. A partir disso o
cenógrafo precisa estar se adaptando também, propondo elementos, soluções e estimulando
igualmente a criação.
Conversamos sobre o
fato de que cenografia e cena precisam estar em um casamento harmônico.
Precisam estar em diálogo e não concorrer. Grandes palcos e grandes espetáculos
pedem grandes cenografias e estas podem contribuir muito para o sucesso do
espetáculo. Nesse sentido é importante que haja um diálogo fecundo com o
diretor e uma compreensão plena da concepção sobre a qual se está trabalhando.
A música, a orquestra é
o fluxo que precisa ser seguido, isto ficou muito claro com a entrada da
orquestra nos ensaios de ontem e de hoje. O problema de ritmo verificado no
ensaio geral praticamente desapareceu com a presença do regente e da orquestra.
A ação ganhou igualmente mais pulsação.
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Técnicos montando o cenário antes do ensaio. |
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Assistente de Figurino (dir.) Annika Kneusslin e Assistente de Figurino Estagiária (Esq.) Eleonora Arnold |
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Quarto de Gilda quase finalizado. |
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Quarto de Gilda quase finalizado. |
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Assistente de Figurino (dir.) Annika Kneusslin e Assistente de Figurino Estagiária (Esq.) Eleonora Arnold e Eu passeando num intervalo. |
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