Hoje, uma experiência
interessante. Uma atriz irá fazer uma participação em uma cena. Estou curioso
para ver a diferença entre seu desempenho e o desempenho dos cantores.
Os cantores têm um “por
aonde ir” que é a música. A atriz não tem um por onde, não tem material
concreto sobre o qual criar, assim, precisa de mais estímulos e,
principalmente, precisa jogar mais com os cantores. Precisa improvisar com a
situação dada e esta precisa ser clara e concretamente esclarecida. Assim, o
processo é bem diferente se comparado com o ensaio com os cantores. A atriz
parece precisar um texto o tempo todo.
Percebi que a tarefa
não parecia bem definida, contudo, há um trabalho delicado de descoberta da
estrutura de movimento da cena.
O ator é um bicho
bastante curioso. É ingênuo e se submete com prazer a qualquer situação ou
ação. É jogado para lá e para cá e não reclama. Thomas busca dosar o tempo todo
para que nada seja excessivo. Nesse sentido, Thomas chamou a atenção para um
risco de ilustração da ação. Dizia: “você não precisa estar se deslocando o
tempo todo. O corpo trabalha.”
Uma das chaves do
trabalho do diretor, me parece, está na direção de movimento. Na verdade, no
encontrar o desenho justo e adequado para a cena. Que seja interessante para o
publico e funcional para os atores e para a cena.
Qual é o “start” da
cena? Esta é a pergunta que se faz ao começar a solucionar uma situação.
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