21.02
Rigoletto Probe – Abend
Thomas conversou longamente
com Alekssandra sobre sua personagem e a relação desta com Rigoletto e com o
Duque.
Sua fala esteve estruturada em perguntas.
Quais são as perguntas em cada momento da peça? Buscava também, trazer as
respostas. Buscou esclarecer os momentos e as reações da personagem em relação
a cada personagem.
Rigoletto é doente.
Este é um ponto importante. Gilda não é doente. A concepção está bastante
calcada na ideia de imagens que estão na mente. Como se fosse tudo sempre um
grande delírio. Thomas trouxe um vídeo do Youtube para ajudar a explicar o que
deseja.
O vídeo era de Joycee
Lee Dugart, uma menina de São Francisco/EUA que é mantida presa em sua casa por
15 anos. Uma entrevista com a menina é o vídeo.
Entendi que a concepção
dele, no sentido de atualizar a ópera Rigoletto, está bastante calcada nesta
história.
A ideia de criar um
mundo dentro do quarto. É über (sobre) real.
Ele chama a atenção
para a atitude pervertida do pai de Joycee e também de Rigoletto como coloca
Verdi. Uma perversão confundida com amor. Uma perversão vingativa. Por ser
disforme e ter perdido seu amor ou por algum problema sexual, quer vingar-se.
Pergunta para Thomas:
Como surge a concepção? Do texto clássico ou da situação contemporânea? Como
começou Rigoletto?
Acho fantástico como uma história real
pode ter tanta ligação com uma ópera clássica. Entendo, pois, o processo de
atualização como a busca de um universo ou uma situação fundamental ou um
arquétipo na obra que reverbera na contemporaneidade. Talvez ai Grotowski possa
ser visto como extremamente pioneiro.
Num processo de
encenação, todos os recursos são válidos para conseguir o resultado buscado. É
importante alimentar a imaginação e construir a imagem precisa para a obra,
para a cena.
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