Vormittag
Mais um princípio de
Thomas é trabalhar com atmosfera através da luz e dos adereços e cenografia o
mais originais possíveis. Relação concreta com o real. Nada é imaginário, tudo
é concreto, é “aqui e agora” o tempo todo. Aqui um paralelo com o exercício com
objetos imaginários de Stanislávski e a leitura dele por Grotowski.
É cada vez mais claro
para mim como a intenção, no sentido de consciência de discurso e de situação é
um dos pontos chave. A partir de então, menos passa a ser mais.
Sobre o trabalho do
assistente de direção, aprendi hoje com Tim a importância de antecipar o
diretor sempre e em tudo. Perceber o andamento dos ensaios e, conhecendo o
texto, saber que no próximo ensaio possivelmente ele solicitará uma garrafa ou
dinheiro falto, enfim. É como se a demanda ficasse engatilhada de modo que
quando o diretor disser: aqui seria bom ter.... Você já diz: tá aqui.
Conversando com Tim
sobre ópera, ele me explicou que em Wagner dificilmente há aplausos. As óperas
de Wagner são para provocar raiva, tensão. São sempre bastante lineares.
Thomas propôs e falou
hoje sobre não ilustrar a música, mas, criar uma oposição. A ação é uma com uma
atitude e o ritmo da musica pode funcionar como trilha.
3º
Act –abend probe.
Eles estão sentados
agora fazendo uma analise ativa. É curioso como eles não levam nada para o ator
resolver. Eles decidem na cabeça. A discussão era sobre como resolver o 3º ato.
- Quem e qual é o foco
nas cenas?
- O que faz o ator?
Qual sua ação?
Cheguei a conclusão de
que a análise ativa é interessante para a ópera. É uma ferramenta muito
importante para evitar este tipo de crise.
Há algo na concepção
que agora, no terceiro ato, parece não funcionar.
Was zu tun?
Masoquismo, mostrar
para Gilda o Duque com outra mulher. Isto que faz Rigoletto.
A pergunta é: o que
acontece no universo emocional de Gilda no 3º Act?
Percebi que são
contrários a qualquer solução aparentemente simples. Buscam sempre cavar um
pouco mais em busca de algo menos óbvio e fácil.
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