segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ação é História

É curioso como a cada nova cena o diretor senta com os atores e fala sobre a referida cena. Há uma análise de significados e depois a ação. Não é uma leitura de mesa e nem uma análise semiótica, mas, uma conversa sobre intenções, ação, sobre perguntas. Oque faz? Porque faz? etc.

Eles analisam a trajetória da ação do personagem e da cena. O que move os personagens? Que ações e que intenções?

"É importante você construir a imagem deste estado, desta situação, desta sensação." Thomas Krupa

É interessante perceber como na ópera a música oferece o tempo ritmo da ação tanto para a ação quanto para a fala. É preciso, porém, ajustar a conexão com o ritmo da música. Nesse sentido, a estrutura de ação aparece  como sendo o "onde olhar e onde não e por quanto tempo, para onde vai e porque, qual a intenção, o desejo, qual a trajetória no espaço." A ação, porém, não pode ilustrar o ritmo da música. Não pode ser uma dança no compasso da música ou fica entedioso e brega.

Como o canto é físico e absolutamente concreto, não há espaço para sentimentalismos. Há espaço apenas para conexão e ajustamentos.

É ótimo ver a atitude de Thomas o tempo todo. Muito paciente, amável e gentil com os cantores e com a equipe. Todos dizem muito "por favor", "desculpa", é legal.

Hoje me perguntei: O que tem a ópera que o teatro não tem e o teatro que falta à ópera e vice-versa? Percebo que na ópera há algo bom que falta ao teatro. Principalmente após assistir a uma peça de teatro aqui. Seria ação e história? Seria drama?

Há um detalhe do processo de elaboração de marcas. Um delicado processo de direção de movimentos a partir do que os cantores propõem. Neste processo, faz-se também uma análise das cenas e da ação.

Thomas citou Heiner Müller... mas, não consegue entender bem... chato!!!

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