sábado, 14 de abril de 2012

21.02.2012 - Rigoletto Probe – Abend. Sobre perguntas.


21.02
Rigoletto Probe – Abend
Thomas conversou longamente com Alekssandra sobre sua personagem e a relação desta com Rigoletto e com o Duque.
Sua fala esteve estruturada em perguntas. Quais são as perguntas em cada momento da peça? Buscava também, trazer as respostas. Buscou esclarecer os momentos e as reações da personagem em relação a cada personagem.
Rigoletto é doente. Este é um ponto importante. Gilda não é doente. A concepção está bastante calcada na ideia de imagens que estão na mente. Como se fosse tudo sempre um grande delírio. Thomas trouxe um vídeo do Youtube para ajudar a explicar o que deseja.
O vídeo era de Joycee Lee Dugart, uma menina de São Francisco/EUA que é mantida presa em sua casa por 15 anos. Uma entrevista com a menina é o vídeo.
Entendi que a concepção dele, no sentido de atualizar a ópera Rigoletto, está bastante calcada nesta história.
A ideia de criar um mundo dentro do quarto. É über (sobre) real.
Ele chama a atenção para a atitude pervertida do pai de Joycee e também de Rigoletto como coloca Verdi. Uma perversão confundida com amor. Uma perversão vingativa. Por ser disforme e ter perdido seu amor ou por algum problema sexual, quer vingar-se.
Pergunta para Thomas: Como surge a concepção? Do texto clássico ou da situação contemporânea? Como começou Rigoletto?
Acho fantástico como uma história real pode ter tanta ligação com uma ópera clássica. Entendo, pois, o processo de atualização como a busca de um universo ou uma situação fundamental ou um arquétipo na obra que reverbera na contemporaneidade. Talvez ai Grotowski possa ser visto como extremamente pioneiro.
Num processo de encenação, todos os recursos são válidos para conseguir o resultado buscado. É importante alimentar a imaginação e construir a imagem precisa para a obra, para a cena.

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