sábado, 14 de abril de 2012

Ensaio 16.02.2012 - Start



Hoje, uma experiência interessante. Uma atriz irá fazer uma participação em uma cena. Estou curioso para ver a diferença entre seu desempenho e o desempenho dos cantores.
Os cantores têm um “por aonde ir” que é a música. A atriz não tem um por onde, não tem material concreto sobre o qual criar, assim, precisa de mais estímulos e, principalmente, precisa jogar mais com os cantores. Precisa improvisar com a situação dada e esta precisa ser clara e concretamente esclarecida. Assim, o processo é bem diferente se comparado com o ensaio com os cantores. A atriz parece precisar um texto o tempo todo.
Percebi que a tarefa não parecia bem definida, contudo, há um trabalho delicado de descoberta da estrutura de movimento da cena.
O ator é um bicho bastante curioso. É ingênuo e se submete com prazer a qualquer situação ou ação. É jogado para lá e para cá e não reclama. Thomas busca dosar o tempo todo para que nada seja excessivo. Nesse sentido, Thomas chamou a atenção para um risco de ilustração da ação. Dizia: “você não precisa estar se deslocando o tempo todo. O corpo trabalha.”
Uma das chaves do trabalho do diretor, me parece, está na direção de movimento. Na verdade, no encontrar o desenho justo e adequado para a cena. Que seja interessante para o publico e funcional para os atores e para a cena.
Qual é o “start” da cena? Esta é a pergunta que se faz ao começar a solucionar uma situação.

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