sábado, 14 de abril de 2012

24.02.2012 - subtexto na ópera



Hoje trabalhamos a ária de Gilda. Um acontecimento interessante me chamou a atenção. O pianista disse para ela sentir a música lhe envolver. E sugeriu um subtexto: “kuss, kuss, kuss”.
Eu acho que esta ária é um orgasmo. Também, o que se sente quando se apaixona perdidamente.
Me parece que o foco físico é a coluna – ondas, o fluxo que percorre a coluna. Os chákras da raiz e do plexo funcionam e estão abertos.
- tempo-ritmo
- concretude musical
- entender Grotowski e Stanislávski trabalhando em uma ópera
- fluxo, impulso, ação, intenção
- transformação é movimento
Há, por vezes, um conflito entre o que o ator visualiza de dentro, sente, imagina ou deseja e o que o diretor quer. Este conflito é tenso as vezes, principalmente quando o ator não consegue se desvencilhar de suas convicções.
A música dá os “starts” de mudança de ritmo na ação e as transformações, isto é bom. Falta ao teatro, por vezes, este fluxo rítmico. Seria ele só aplicado ao drama?

Abend

Thomas começou a abordagem da cena com Juan pela questão: “qual é a situação?”
Uma vez mais a ideia de que o impulso primeiro nem sempre é o mais adequado veio a tona. Talvez seja ele mesmo o clichê.
Ao invés de imediatamente fugir da visão da filha morta, Rigoletto encara a filha, busca uma identificação. É justamente fugir do impulso representativo primeiro e buscar um impulso mais próximo do comportamento humano o caminho que visualizo.
Como saber quando é um impulso genuíno e quando é representação?
Que curioso, na última cena, Rigoletto fala ao invés de cantar, duas palavras. Foi uma sensação tão gostosa.
- um problema em relação ao canto. Como estar em posturas corporais não típicas do canto e cantar?

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